Visita a Aveiro, Cidade-Museu da Arte Nova em Portugal
Ir a Aveiro não era novidade para estes alunos do 11.º E. E o sintomático é que ir a Aveiro sem uma investida na sala de visitas por excelência desta urbe, nunca! O Forum tem que nos receber, nem que seja a correr. E foi-o de facto, porque foi apenas uma passagem a caminho do termo da visita. Mas vamos ao âmbito da visita, e aí há que prestar atenção às achegas que ali nos levavam. Logo à saída estação e salpicados por uma chuva que não tínhamos solicitado, alguém nos chamava a atenção para aqueles pontos que deveriam merecer o nosso olhar atento e interpretativo porque referência em módulos de HCA que aí vêm: a «street art» e a arte pública. O guião lá faz referência à frase de Bachelard: «As coisas devolvem-nos o que nelas procuramos. Parecem-nos indiferentes porque as olhamos com um olhar indiferente.» Havia portanto que não ser indiferente. Descida a Avenida Lourenço Peixinho, rumamos ao Rossio e ao Museu de Arte Nova. Mas, ainda antes de chegar, fomos brindados por uma chuva copiosa! Valeu-nos o local onde estávamos para não sermos encharcados.
Já no museu, partimos então para a especificidade da temática que ali nos levara. A contextualização histórica e a observação de pormenores definidores por espaços ainda dentro do próprio museu e depois um exterior mais arrojado e característico com os muitos elementos que definem esta arte.. De realce, aquele apelo à honra e ao trabalho que aquela fachada na rua Tenente Resende nos oferecia e que, na época, eram valores que qualificavam uma sociedade em ascensão. Os relevos «Labor» e «Honor» ali estão a desafiar-nos ainda hoje. Depois outros pormenores que marcavam a efemeridade dum estilo que era moda por outras fachadas e que faziam as diferenças que o tempo implicava. E apesar da nossa guia nos tentar cativar activa e esforçadamente para o tema que ali nos levara, a alegria de tantas crianças que se passeavam no Vouga em velozes moliceiros criavam nos nosso alunos a ânsia de poder ser também apenas criança para um tão alegre passeio. Fica para uma próxima ocasião? Mas não evitámos já hoje os dulcíssimos «ovos moles»! São o elemento definidor de termos ido a Aveiro.
Participaram na visita os professores responsáveis pelas disciplinas de História e Cultura das Artes e de Projeto e Produção Multimédia, Fernando Frazão, Angelina Almeida e António João Lopes.