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O 11.º E – Curso Profissional Técnico de Multimédia – foi ao Porto

Escrito por Webmaster. Publicado em Escola Secundária de Esmoriz

Ir à “leal cidade, donde teve / Origem – como é fama – o nome eterno / De Portugal” é um dever de qualquer cidadão, quanto mais de uma aluno que estuda a cultura e a arte, mesmo dos cursos profissionais. Só que valorizar o que é nosso, o nosso património, bom, isso é para os outros. E eram tantos os estrangeiros com que nos cruzávamos pelas ruas do Porto. Começámos pela gare de S. Bento, ponto de encontro por excelência onde as objetivas disparavam em todas as direções à procura da melhor imagem. Mas nós estávamos noutra – a aula não pode continuar aqui. E esta foi a regra durante o percurso artístico e cultural pelas encostas acima, a caminho da Sé, e abaixo, até à Ribeira, num passeio por ruas marcadamente cosmopolitas mas estreitas, escuras e tortuosas.

A história convidava, lançava mais um apelo, o Arco de Sant’Ana lembrava Garrett, mas estamos em final de ano letivo, cansados e saturados. Fica o desafio. Estilos, correntes artísticas – onde é que já ouvimos isto? – são convites que se olham mas ainda não são desafiantes nem nos provocam. Isso também é para os outros, porque somos generosos e gostamos de partilhar. E são tantos! De facto, no Porto vemos e sentimos o cosmopolitismo de que Portugal é um magnífico testemunho presente. De tarde, a visita ao Museu Nacional de Soares dos Reis não significou o tal percurso pela pintura e escultura do século XIX como se pretendeu, e o caminho percorrido com tantos apelos artísticos esquecidos – Arte Nova, Barroco, Neoclássico... ia ficando para trás. Rapidamente, no museu, se passou do Romantismo ao Naturalismo e aquelas cadeiras tipo Bauhaus – que belo convite para a diversão com telemóveis em chusma! – foram divinais. O ego caricatural suplantou tudo o que nos envolvia. Gente cansada de tudo – do percurso, da arte e da cultura. Ah!, mas ainda faltava voltar junto ao Douro. A Casa do Infante esperava-nos e impôs-se a correria. Um primeiro regresso ao ano letivo anterior com o testemunho romano mesmo ali a chamar-nos à atenção. E aquela maqueta do Porto medieval também mereceu uma “visita” rápida. Que bela oportunidade para uma ótima lição de História, ouviu-se, mas com sotaque brasileiro. Mas também um sugestivo convite e desafio para o Multimédia ali estava à espera de nos fornecer pistas para a nossa formação e enriquecimento profissional. Foi esta a nossa visita em 16 de maio, onde sobretudo valeu muito a empatia humana e a pretensão desta atividade nos tornar mais ricos e sabedores e despertos para a sensibilidade estética e artística daquilo que nos envolve.